quinta-feira, 25 de agosto de 2011

EU E O APOLOGIA

Posto agora matéria do Jornal Daki edição nº 9 editado pela Editora Apologia Brasil.

Faço isso porque é uma história bonita, de luta, que vale a pena compartilhar com você, leitor.

O Apologia foi contemporâneo do Fazendo Media, que tinha uma  linha diferente da nossa, cuidando de assuntos mais específicos do jornalismo. A galera do FM é do IACS da UFF.Mas com o mesmo espírito crítico, ousado e contestador. 

Release apologético

Família Apologia num dos nossos eventos na FFP/UERJ. Foto de Rheinaldo Baso

Era uma vez um grupo de estudantes meio doidão no ano tenebroso de 2004 estudando numa faculdade de periferia do Rio de Janeiro.

Gonçalenses, esses estudantes não se conformavam com o quadro de viralatice da cidade e da faculdade onde estudavam. Não se conformavam com a ordem cultural vigente que ordenava previamente a capitulação frente a qualquer possibilidade de guerra contra aquele imobilismo que feria a alma desses combatentes que se negavam a entrar mortos no “front” do magistério fluminense.

Formaram, no mesmo ano, o Grupo dos Iguais a fim de estudar, debater e propor alternativas à morte certa nesta cidade governada pelas trevas da ignorância e pela falta de iniciativa. Reuniam-se aos sábados na casa do Helcio Albano, no Porto Velho.

Os Iguais eram de vários cursos da Faculdade de Formação de Professores da UERJ, e logo produziram material que era discutido exaustivamente entre seus membros. Educação, Cultura, Política e Comunicação eram os assuntos que predominavam nos encontros matinais de fim de semana à Rua Lafaiete.

Mauricio Mendes, hoje geógrafo e professor, não demorou em propor ao grupo a criação do jornal para a publicação das idéias que então borbulhavam naquelas cabeças pensantes reunidas no Porto Velho. Surge, em 09 de agosto de 2004, o Jornal Apologia, que tinha distribuição restrita à UERJ de São Gonçalo.

O impacto da publicação nos estudantes foi imediato, o que impulsionou o grupo a atuar além dos muros da universidade e atingir à sociedade não acadêmica. Fundamental neste momento foi a então estudante de Letras, Joyce Braga, que articulou a primeira de várias parcerias com a própria UERJ, viabilizando a tiragem do jornal no formato tablóide com 20 mil exemplares distribuídos em todo o Rio de Janeiro.

A partir daí muita, muita história pra contar. Que dirá a PUC-Rio, na Gávea, que todo mês tinha que ouvir aqueles malucos chegarem e gritarem: SÃO GONÇALÔOOOO!

   

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