Faço isso porque é uma história bonita, de luta, que vale a pena compartilhar com você, leitor.
O Apologia foi contemporâneo do Fazendo Media, que tinha uma linha diferente da nossa, cuidando de assuntos mais específicos do jornalismo. A galera do FM é do IACS da UFF.Mas com o mesmo espírito crítico, ousado e contestador.
O Apologia foi contemporâneo do Fazendo Media, que tinha uma linha diferente da nossa, cuidando de assuntos mais específicos do jornalismo. A galera do FM é do IACS da UFF.Mas com o mesmo espírito crítico, ousado e contestador.
Release apologético
Família Apologia num dos nossos eventos na FFP/UERJ. Foto de Rheinaldo Baso |
Era uma vez um grupo de estudantes meio doidão no ano tenebroso de 2004 estudando numa faculdade de periferia do Rio de Janeiro.
Gonçalenses, esses estudantes não se conformavam com o quadro de viralatice da cidade e da faculdade onde estudavam. Não se conformavam com a ordem cultural vigente que ordenava previamente a capitulação frente a qualquer possibilidade de guerra contra aquele imobilismo que feria a alma desses combatentes que se negavam a entrar mortos no “front” do magistério fluminense.
Formaram, no mesmo ano, o Grupo dos Iguais a fim de estudar, debater e propor alternativas à morte certa nesta cidade governada pelas trevas da ignorância e pela falta de iniciativa. Reuniam-se aos sábados na casa do Helcio Albano, no Porto Velho.
Os Iguais eram de vários cursos da Faculdade de Formação de Professores da UERJ, e logo produziram material que era discutido exaustivamente entre seus membros. Educação, Cultura, Política e Comunicação eram os assuntos que predominavam nos encontros matinais de fim de semana à Rua Lafaiete.
Mauricio Mendes, hoje geógrafo e professor, não demorou em propor ao grupo a criação do jornal para a publicação das idéias que então borbulhavam naquelas cabeças pensantes reunidas no Porto Velho. Surge, em 09 de agosto de 2004, o Jornal Apologia, que tinha distribuição restrita à UERJ de São Gonçalo.
O impacto da publicação nos estudantes foi imediato, o que impulsionou o grupo a atuar além dos muros da universidade e atingir à sociedade não acadêmica. Fundamental neste momento foi a então estudante de Letras, Joyce Braga, que articulou a primeira de várias parcerias com a própria UERJ, viabilizando a tiragem do jornal no formato tablóide com 20 mil exemplares distribuídos em todo o Rio de Janeiro.
A partir daí muita, muita história pra contar. Que dirá a PUC-Rio, na Gávea, que todo mês tinha que ouvir aqueles malucos chegarem e gritarem: SÃO GONÇALÔOOOO!
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