quarta-feira, 17 de agosto de 2011

YAMATO E O CAPITÃO KODAI

O destemor do jovem Kodai ou
o pequeno Helcio olhando para o futuro
Meu querido leitor. Sou de 1974, portanto, completo este ano 37 primaveras entremeados de invernos rigorosos. Este post é declaradamente nostálgico Porém, nostalgia boa é aquela que prevê continuidade daquilo que é lembrado.

Apresento a vocês o capitão Kodai, o primeiro e único herói da minha infância. Destemido, corajoso, ousado e um tanto irresponsável como a própria juventude.

O capitão Kodai junto a tantos outros, são personagens da saga anime japonesa Uchu Senkan Yamato ou, simplesmente, Patrulha Estelar, exibida na TV Manchete nos longínquos anos de 1980.

A série, escrita e produzida pela dupla Yoshinobu Nishizaki e Leiji Matsumoto, representa o resgate do orgulho japonês aviltado pelos norte-americanos na Segunda Guerra Mundial. Orgulho este simbolizado no maior navio de guerra já fabricado na história: o encouraçado Yamato, afundado a duras penas no dia 7 de abril de 1945 numa missão kamikaze nos arredores de Akinawa.

Foram necessários mais de 380 aviões yankes para afundar o solitário Yamato, que tinha o objetivo de destruir ou danificar o maior número de equipamentos militares norte-americanos naquela sua última e gloriosa missão.

Em 1973 a dupla Nishizaki e Leiji Matsumoto vão ao fundo do mar de sua imaginação e retira o Yamato adormecido, que é adaptado como nave espacial para defender a Terra contra os Gamilons, uma referência aos americanos. Mais informações aqui   


Eis que, 10 anos depois, em 1983, o menino Helcio estava à frente da TV assistindo o programa do Carequinha a esperar ansioso a entrada triunfante do Yamato e sua tripulação comandada pelo jovem capitão Kodai.

Invariavelmente os inimigos da raça humana e do Yamato eram superiores em tecnologia. Porém a força daquela tripulação, baseada na honra e na lealdade à morte, era multidimensionada pela graça de Iscandar, uma espécie de proteção etérea que era a própria Justiça em sua forma universal e incomensurável, como o próprio universo singrado pelo Yamato.

Entre uma e outra beliscada na bunda da Yuri pelo robozinho sacana IQ-9 (George Lucas se inspirou nele em Jornada nas Estrelas) a saga de Patrulha Estelar deixou naquele menino marcas que carrego até hoje: A Justiça redime a morte.

E só é corajoso aquele que está a serviço da Justiça.




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