terça-feira, 23 de outubro de 2012

A CHAPA ESQUENTOU. TIREM AS CRIANÇAS DA SALA!

Na reta final o que vale é a paixão...


Exausto leitor, vamos respirar fundo, contar até dez, que a eleição é logo ali.

Se alguém reclamou de um primeiro turno modorrento, eis que a atual fase da peleja nesta freguesia nos reservou fortes emoções em ambos os lados adversários.

Adolfo Konder (PDT), do alto de seus 17 pontos de vantagem no primeiro turno (obteve 42 contra 25 de Mulim) entrou, mesmo sem querer, numa perigosa zona de conforto, artificialmente ampliada após a adesão natural do PMDB estadual à campanha pedetista, mesmo desfalcado da candidata derrotada Graça Matos. Quem acompanha o blog sabe que já tratei do quadro de alianças antes e depois do primeiro turno. Konder, que já tinha os apoios no município e do governo federal, festejou, em grande júbilo, a conquista da "tríplice aliança" com a entrada entusiasmada do governo do estado na campanha.

As movimentações pedetistas deixaram Neilton Mulim (PR) isolado, sendo obrigado a se servir do que tinha à mão no mercado eleitoral gonçalense: a composição política com o presidente da Câmara, Eduardo Gordo, e mais 11 vereadores, entre atuais e eleitos. Uma movimentação que envolve, além de espaço no governo, a presidência da Câmara numa hipotética reeleição de Eduardo Gordo, que ainda espera julgamento no TSE.

A aliança Mulim-Gordo não foi bem digerida por parcela do eleitorado, e mesmo antes do lado de lá soltar o primeiro rojão para comemorar o tiro no pé do adversário, eis que surgem fatos logo explorados como políticos pela candidatura Mulim na conta da campanha pedetista. Primeiro, materiais de campanha do PR são destruídos por supostos vândalos à serviço da candidatura Konder. Depois, funcionários comissionados (políticos) da prefeitura são flagrados (sic) fazendo política (sic) para o candidato do governo. Bom, não resisto a um comentário: é como um moralista reclamar da paisagem de uma praia num lindo dia de sol...

Coisas de campanha, amado leitor. Nenhum vândalo foi pego e até agora nenhuma moça foi presa por atentado ao pudor, e, se fato ou factóide, o burburinho repercutiu na imprensa, televisão e, claro, nas redes sociais. Se era porco ou tomada, não sabemos. O caso criou uma cortina de fumaça no eleitorado ao mesmo tempo que serviu de antídoto contra qualquer investida pedetista à aliança construída por Mulim com o presidente da Câmara.

***

ECOS DO DEBATE

Foi ruim, morno e pouco esclarecedor. Mas registre-se o papel importante da OAB que desde 2008 se esforça em participar cada vez mais do dia a dia da cidade. Parabéns aos outros organizadores também.

Farei um resumo em cima daquilo que acho mais importante: como governar uma cidade enorme, com tantos problemas e com um orçamento baixíssimo para uma população como a nossa?

O desempenho individual dos candidatos foi sofrível. Mas até aí morreu Neves. Não estamos num concurso de miss simpatia. O que me interessou foi a resposta àquela pergunta acima.

O candidato Mulim (PR), da oposição, disse que vai governar com as "verbas carimbadas". É pouco. São Gonçalo é uma criança que precisa de ajuda (federal e estadual) para aprender a andar sozinha. A sua proposta de subsidiar o transporte público é inviável. Campos pode fazer isso. É autossuficiente devido à grana dos royalties. Até ele sabe disso, e para sustentar sua proposta e fechar a conta, utilizou-se do discurso anti-corrupção. São R$ 157 milhões o custo anual para os cofres públicos com a passagem a R$ 1,50.

Adolfo Konder foi mais assertivo e puxou o debate para o mundo real. Claro, é ele que tem as parcerias e usou e abusou desse fato como principal estratégia argumentativa para convencer o eleitor, sobretudo o eleitor indeciso. E acho que convenceu.    

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O PESO DAS ALIANÇAS EM SÃO GONÇALO

Amigo (e)leitor. Dia 28 é logo ali e a chapa esquenta. A peleja entre Konder e Mulim entra em sua fase final neste 2º turno e deixa clara pra gente os dois campos em disputa pela prefeitura.

Adolfo Konder (PDT), que no início da campanha era um ilustre desconhecido, segurou firme o timão e conseguiu chegar ao final do 1º turno com uma bela (e consolidada) vantagem frente aos seus concorrentes. Isso demonstra confiança da torcida pela equipe comandada pela professora Maria Aparecida desde 2005. A campanha de Adolfo Konder tinha três objetivos: óbvio, torná-lo conhecido ao eleitorado, colar à sua imagem à prefeita e ao seu bem avaliado governo e expor a necessidade de parcerias políticas para o desenvolvimento da pobre e sofrida cidade de São Gonçalo. Os quase 42% de preferência do eleitorado no 1º turno à candidatura Konder mostrou eficiência da estratégia pedetista.

Já a candidatura Neilton Mulim (PR), que chegou à frente de Graça Matos (PMDB) com pouco mais de 3 mil votos, montou uma chapa conservadora à direita, reunindo tucanos e demos, e precisou correr atrás do apoio da candidata derrotada para se manter competitivo na disputa. Por conta da presença de Anthony Garotinho em sua campanha, que impossibilitou o apoio do PMDB, sobrou para Mulin o apoio do PV, que saiu enfraquecido das eleições, e o apoio do grupo político do vereador e presidente da Câmara Eduardo Gordo, que congrega 11 parlamentares dentre os da atual legislatura e os marinheiros de primeira viagem.

Neste quadro, Adolfo Konder sai beneficiado porque não foi obrigado a mudar os rumos de sua estratégia do 1º turno. Pelo contrário. Os apoios do PMDB e do PP aprofundam a estratégia das parcerias, em que as maiores estrelas agora são o governador Sérgio Cabral e o senador Francisco Dornelles. Konder, que já tinha o apoio dos senadores Lindbergh e Crivela, além do apoio do governo federal,  fecha o arco de alianças e isola o adversário numa trincheira política que não se mostrou eficiente no 1º turno, que foi explorar o fato de Konder não ser natural de uma cidade onde 70% de sua população também não o é. O slogan Não Voto em Forasteiro definitivamente não funcionou.

Por força das circunstâncias, a candidatura do PR foi obrigada a fazer um ajuste na rota ao abrigar o grupo do vereador Eduardo Gordo em sua campanha e num hipotético governo. A notícia desta aliança não está sendo digerida com facilidade por uma parcela do eleitorado, que identifica em Eduardo Gordo o fisiologismo e tradicionalismo políticos tão praticados e cada vez mais rejeitados. Haja vista a renovação espetacular de 80% dos vereadores nesta eleição, e a própria queda da votação de Eduardo Gordo - que teve a sua candidatura impugnada pelo TRE sob a Lei da Ficha Limpa, mas espera julgamento do recurso no TSE.

Este apoio, portanto, deve ter um impacto mais negativo que positivo na campanha Mulim, sobretudo nos votos das camadas médias da sociedade gonçalense que migravam naturalmente para a sua candidatura após as derrotas de seus candidatos no 1º turno. A tendência, a partir de agora, é a escolha pelo voto nulo ou abstenção. Ou até o voto útil na candidatura Konder, porém em menor escala, para barrar a ameaça de vitória da política fisiologista e tradicionalista em São Gonçalo. Mulim deu um tiro no pé e, ironicamente, pode perder a eleição justamente por conta do apoio de políticos tradicionais da cidade.


terça-feira, 16 de outubro de 2012

SÃO GONÇALO É O PARAÍSO DA OPOSIÇÃO

Meu nobre leitor, São Gonçalo é uma cidade enorme, ficou anos abandonada e por isso mesmo acumulou índices de desenvolvimento humano perversos. Aqui nesta freguesia, portanto, é mamão com açúcar o discurso da oposição colar num ouvido incauto.

Porém, permita-me fazer uma breve narrativa euclidiana acerca de tal geografia citadina à leste da província de São Sebastião do Rio de Janeiro, banhada pelo esgoto industrial que chamam Guanabara e fronteiriça à Praia Grande e às terras do Barão de Maricá e do Visconde.

A freguesia de São Gonçalo do Amarante possui pouco mais de 256 km² de terras quase que totalmente ocupadas por 1 milhão e tantas almas. É a 2º mais populosa do estado e a 16ª do Brasil. Mas esses dados nos dão uma falsa noção de grandeza levando em consideração o orçamento nanico de R$ 670 milhões que obriga o administrador ser bom no rebolado fiscal e flertar permanentemente com outras instâncias do poder a fim de fechar as contas e satisfazer ao cada dia mais exigente (e impaciente) contribuinte gonçalense. Para se ter apenas ideia de uma cidade parecida (mesmo que de longe) com São Gonçalo, Guarulhos tem uma receita de mais de 2 bilhões de reais por ano.

Fazendo uma matemática rudimentar, se distribuirmos o nosso quinhão pelas almas desta freguesia, teremos R$ 67,00 por cabeça. E se levarmos em consideração que 53% da "fortuna" arrecadada vai para o funcionalismo, restam pouco mais de 30 reais per capita gastos por ano com nossas crianças e velhos, tanto em educação e em saúde; pavimentação, manutenção dos semáforos etc, etc. e põe etc nisso. Daí, meu perplexo leitor, a nossa inevitável dependência aos cofres da União e do estado, tanto em repasses por força de lei como por força do entendimento e boa vontade políticos. Somos a cidade no Brasil que mais depende das voltas que a política dá para fazermos alguma coisa que não seja choramingar com pires na mão.

Por obra e graça dos gênios da raça papa-goiaba dos anos 50 e 60 do passado século XX, a freguesia foi incapaz de planejar o seu futuro a longo prazo, além de permitir o seu inchaço pelas franjas do município, de modo omisso e criminoso, seja pelos inacreditáveis loteamentos ou pela posse irregular de terras públicas em áreas de mangue às margens, da também mal planejada, BR 101. Some-se a isso o esvaziamento industrial sob o olhar impassível da rapaziada que ora residia à Feliciano Sodré, Nº 100, representação maior de nossa municipalidade.

Bem-quisto leitor. Sabes que te amo e em verdade vos digo: São Gonçalo é um problema. Ela não tem problemas. Ela mesma é o problema. Lamento dizer que aqui neste pedacinho de céu e terra de pipa e bola de gude da minha infância, foi-nos reservado indignação, sofrimento e resignação. Sim, porque durante muitos anos ficamos reféns de uma trama diabólica que nos empurrou para a periferia da periferia; uma trama que nos legou como depositório de gente, um lugar onde apenas permitido construir pracinhas sem coreto, que ao menos nos servisse de púlpito a levantar nossa voz contra aquele estado de coisas tão afeito à viralatice papa-goiaba que deixou imerso nas sombras o futuro desta cidade. Oxalá conosco estivesse o maior de todos os não-gonçalenses, Luiz Palmier, mas este aí morreu tristonho, creio, ao ver tanta patacoada.

Para uma parcela considerável de São Gonçalo, nada que se faça se corrige. É o melhor lugar para se fazer estágio oposicionista. Todos aqui são oposição. Ser de oposição nestas terras é quase um nirvana, uma catarse, que atinge até o mais fervoroso defensor do governo. Qualquer governo. Há uma expressão (e se não há, eu assumo a autoria) que fazer alguma coisa de bom por essas bandas é como esvaziar açude cheio com cumbuca rasa. Ninguém nunca vê o resultado. Os problemas são tantos e vários, que o governo tem que se policiar pra não esculhambar e fazer oposição a si mesmo também.

Então, leitor, peço serenidade e juízo no dia 28 de outubro do ano de Nosso Senhor de 2012.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

PRA ONDE VÃO OS VOTOS DO JOSEMAR?

Neguim arretado

Primeiro, leitor, quero deixar o registro e os parabéns aos trepidantes militantes do PSOL gonçalense. E claro, em especial, ao Professor Josemar Carvalho, um querido colega e amigo. Conquistar os 19,5 mil votos com uma estrutura pequena de campanha numa cidade enorme como São Gonçalo é uma hercúlea tarefa.

Feito, aqui, o devido cafuné na rapaziada, vamos ao que interessa.

Pra onde vai esse capital (ops!) de quase 20 mil almas obtido por socialistas e comunistas no último dia 7 de outubro? Qual candidatura mais sentirá na face o sopro da primavera psolista, cantada em prosa e verso a partir do Rio de Janeiro com o gonçalense Marcelo Freixo?

Este escriba arrisca alguns palpites. Todos sabemos que o PSOL é uma dissidência do PT surgido após as tensões internas por obra e graça do (bendito ou famigerado, aí é ao gosto do freguês) escândalo do mensalão. Tanto Freixo quanto Josemar têm suas origens no Partido dos Trabalhadores. Ambos são fortemente guiados por suas convicções ideológicas e práticas políticas da esquerda socialista. Portanto, arrisco-me a dizer que é impossível o Professor Josemar apoiar o candidato de centro-direita Neilton Mulim, que tem o tonitroante Pastor Malafaia como aliado, cabo eleitoral e guia espiritual.

E, embora a candidatura Konder esteja num campo ideológico mais à esquerda, também não acredito que Josemar se decidirá em marchar com o PDT (que tem o PT como vice) no segundo turno. Por uma necessidade tática para obter votos, o PSOL foi o que mais bateu na gestão Aparecida e, consequentemente, em Adolfo Konder. Desta feita, creio que Josemar irá se abster no 2º turno. Mas, e os seus eleitores?

Divido os eleitores do PSOL nessas eleições em três categorias, em sua grande maioria jovens: os ideológicos, os ideológicos-inconformados e os pura e simplesmente inconformados. Os primeiros têm uma visão política mais ampla porque mais participativa, são informados e tendem a votar no campo da esquerda para isolar a direita na cidade. Os segundos são ativistas partidários que, por conta da visibilidade social e política na campanha, tendem a ter postura mais radical e pregar - não necessariamente votar - no voto nulo. Os terceiros desde o início serviram de linhas auxiliares das campanhas Graça e Mulim de ataque a Konder, utilizando-se e reforçando a linha de ataque promovida pelo PSOL ao governo e à candidatura de sua continuidade. Sempre foram, no fundo, mais anti-Konder do que qualquer outra coisa.

Na minha visão os votos ficarão divididos entre Konder, nulos e Mulim, com uma sensível vantagem para Konder.

Atualizando: veja nota do Professor Josemar que saiu no dia seguinte a esse post aqui.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

O QUE OS ANALISTAS DE SG INSISTEM EM NÃO VER

Meu caríssimo cidadão leitor-leitor cidadão. Sei que estamos um tanto de ressaca após domingo, mas aproveito ainda o calor eleitoral do dia 7 de outubro para fazer algumas observações deveras pertinentes na visão deste humilde escriba.

A grande vencedora, de novo, foi a prefeita Aparecida Panisset. A grande derrotada foi Graça Matos, que disputou a sua última eleição em São Gonçalo. Não dá mais para ela e o seu grupo. Aliás, não dá mais desde 2004, mas a miopia política dos seus correligionários a fizeram acreditar no contrário. Poucos políticos compreendem o espírito do seu tempo, o que não é, definitivamente, o caso de Graça Matos, que tem, outrossim, uma grande presença parlamentar. Mas isso, por si só, é insuficiente para agregar forças para vencer uma eleição majoritária que necessita de base social representativa e atuante, sobretudo numa cidade difícil e dispersa como São Gonçalo.

Graça e o seu grupo ainda estão presos à forma de fazer política do século passado e ao erro original por ter abraçado os interesses pessoais de Garotinho e abandonado o PDT e o velho Brizola. E olha as voltas que o mundo dá: no dia 28 próximo, muito provavelmente, os eleitores reconduzirão o PDT ao poder máximo da municipalidade gonçalense. Aparecida Panisset, sem espaço no partido nos anos de 1990 - quando era dominado pelo casal Matos -, correu esse mundão de meu Deus até desembarcar novamente no PDT em 2007... Irônico? Pode ser.

Usando da sua melhor virtude, a perspicácia, Aparecida procurou sepultar de vez a forma tradicional de se fazer política em São Gonçalo, atendendo à ordem expressa pelos gonçalenses em 2004 (Para entender melhor o que eu falo, clique aqui). O motivo das maiores críticas contra ela na verdade se mostrou o seu maior acerto: trazer gente nova para o seu governo, mesmo de fora da cidade. Antônio Moreno, meu conterrâneo da Tijuca, se mostrou um ótimo administrador das finanças da cidade. E Adolfo Konder, nascido na ensolarada Ipanema, desde 2005 vem se destacando como bom gestor das áreas política, social e do desenvolvimento econômico do governo. Se assim não fosse, seria devorado pelas intrigas e futricas internas que desde 2011 buscou demover da cabeça da prefeita a sua escolha para sucedê-la.

Por essas e outras é que a pecha de forasteiro em cima do Konder não pegou e nem vai pegar. Aliás, é uma afronta, e mesmo uma ofensa à grande massa de migrantes que em São Gonçalo se estabeleceu. É uma bobagem bairrista e provinciana em pleno século 21. Adolfo Konder, um ilustre desconhecido até essas eleições, ficou a 8 pontos da vitória ainda em primeiro turno (teve 42%), a despeito de sua fama de ser um candidato sem, vá lá!, muito carisma. Ele chegou onde chegou porque simplesmente as candidaturas, tanto da Graça, quanto do Neilton Mulin, representam o que já foi testado misturado ao velho tradicionalismo, sendo assim, uma incongruência política com o que foi montado por Aparecida em 2004.

A única candidatura apoiada ou encabeçada pelo PMDB do governador Sérgio Cabral que não venceu, ou que não está no segundo turno no Grande Rio, foi a da Graça. Portanto, é uma falácia e uma desonestidade intelectual não reconhecer que a grande responsável pela derrota foi a própria candidata que fez costuras políticas e eleitorais anacrônicas com o momento político da cidade. A reunião das famílias Matos, Gordo e Nanci, afiançada pelo ex-deputado Jorge Picciani foi bem didática para confirmar o que digo: São Gonçalo mudou, e não quer mais se fazer representar por esse grupo, que se ainda se prevalece de alguma relevância eleitoral localizada, não possui mais - pelo menos nas urnas - legitimidade para conduzir política e administrativamente São Gonçalo.

Também não acredito que a candidatura Mulin, que é uma composição de centro-direita, apoiada pelo enfraquecido Garotinho, vença as eleições. Por uma razão muito simples, dentre as que já foram expostas aqui: o alinhamento óbvio do PMDB estadual com o PDT, além de vermos um apoio maciço de pelo menos 70% dos vereadores eleitos à candidatura Konder, o que provavelmente deve derrubar a cidadela eleitoral de Neilton Mulin, a 132ª Zona Eleitoral, única onde o candidato bateu Adolfo no primeiro turno.

Meu caro leitor, deixo uma matéria bacana do JB para ajudar a enriquecer o debate, clique aqui.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

ÀS URNAS, GONÇALENSES!

Ele entendeu o zeitgeist gonçalense


Querido leitor e leitora deste blog. No dia sete de outubro do Ano de Nosso Senhor de 2012 voltaremos às urnas para eleger o futuro mandatário desta cidade e seus 27 parlamentares.

Novamente esta freguesia do beato boêmio não mereceu a devida atenção da mídia nativa e muito menos da capital da província. Fomos solenemente ignorados nos levantamentos eleitorais tradicionalmente produzidos nesta época pelos institutos de pesquisa a pedido das empresas de comunicação, o que nos deixa sem parâmetros objetivos para analisarmos "frame-a-frame" o pleito e as tendências de voto do eleitorado.

Portanto, abnegado leitor, tentarei fazer um levantamento político-partidário das três principais alianças em disputa formadas na cidade e que, em minha humilde visão, têm chances de vitória. São elas: Konder/Miguel, Graça/Rafael do Gordo e Mulim/Valviesse.

Falar da candidatura Konder é ter que falar necessariamente no governo da atual prefeita Aparecida Panisset, já que o candidato representa, grosso modo, a continuidade de um modelo de gestão posto à prova desde 2005, do qual passa por um referendo popular em 2008, quando os eleitores reconduziram a prefeita ao cargo por mais quatro anos ainda no primeiro turno com 56% dos votos válidos naquela ocasião.

Assim, peço a você fazer uma breve digressão sobre o que foi este governo que sempre teve em Adolfo Konder uma das principais figuras que o compuseram desde o primeiro dia daquele janeiro de 2005, fazendo com que muitos analistas políticos vestissem o pijama mais cedo sobre um colchão duro e errático de suas análises.