Alvíssaras! 
Recebo email com o texto da socioambientalista, geógrafa e mãe do João - também meu filho que é uma espécie de EU melhorado - que não está nada animada com a expansão do reino panissetiano nas terras do Visconde.
Recebo email com o texto da socioambientalista, geógrafa e mãe do João - também meu filho que é uma espécie de EU melhorado - que não está nada animada com a expansão do reino panissetiano nas terras do Visconde.
Ó pobre Itaboraí! Tão  grande para os teus, tão pequena para a ganância dos de fora!
Tornaste uma grande mulher karenina. Te amo.
Tornaste uma grande mulher karenina. Te amo.
Sem tratamento de esgoto, Itaboraí segue rumo ao desenvolvimento (in)sustentável
Por Karla Karina
Itaboraí  tem sido chamada de “cidade do futuro” após o anúncio da instalação do  COMPERJ. Com crescimento de cinquenta mil habitantes apenas no ano  passado e previsão de um milhão em dez anos, ainda há muito a fazer para  que o município saia do atraso e trilhe um caminho mais sustentável do  ponto de vista socioambiental. Uma das ações mais urgentes é o  esgotamento sanitário, inacreditavelmente ainda ausente no município.
Segundo o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) produzido em maio de 2010, o tratamento de esgoto é quase inexistente. As duas únicas estações de tratamento, na Reta Velha e Itambi estão desativadas e as redes coletoras assoreadas. Então, a saída é a ligação direta com as galerias de águas pluviais (que só deveriam receber água da chuva), construção de fossas ou lançamento direto nas ruas.
Segundo o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) produzido em maio de 2010, o tratamento de esgoto é quase inexistente. As duas únicas estações de tratamento, na Reta Velha e Itambi estão desativadas e as redes coletoras assoreadas. Então, a saída é a ligação direta com as galerias de águas pluviais (que só deveriam receber água da chuva), construção de fossas ou lançamento direto nas ruas.
O resultado dessa omissão por parte do poder público é o lançamento do esgoto in natura  de 300 mil habitantes (!) nos cursos fluviais da cidade, contaminação  do lençol freático através da construção indiscriminada de fossas e  riscos à saúde pública quando lançado nas ruas a céu aberto.
Os  problemas ambientais provocados também não são menores. Como os rios  que passam pela cidade desaguam na Área de Proteção Ambiental de  Guapimirim, importante área de manguezal ainda preservada no entorno da  Baía de Guanabara, a contaminação, que já é grande, tende a aumentar  vertiginosamente. E certamente, se nada for feito, em um prazo não muito  grande, teremos uma degradação irreversível para a flora e fauna  locais.
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| Por esses trilhos não verás mais passar  quem você era, ó pobre Itaboraí  | 
Para  reverter esse quadro, o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB),  afirma que 80% da população de Itaboraí será atendida com redes de  coleta de esgoto em até 12 anos a partir de 2010, e 90% do esgoto  coletado será tratado em até 3 anos. São metas ambiciosas para um  município que se manteve estanque e na contramão do desenvolvimento  justo e sustentável até os dias atuais. 
Tendo  em vista, de acordo como próprio PMSB, que o cronograma de implantação  de redes de coleta e tratamento de esgoto já está correndo, precisamos  cobrar para que essas metas realmente saiam do papel.
Saiba mais sobre o PMSB no link: http://itaborai.rj.gov.br/home/PMSB.pdf

Esse texto também consta na 4ª edição da CEAInforma lançada no dia 6 de Agosto na Praça de Itaboraí: http://www.slideshare.net/CeaiACeai/ceainforma-4-edio
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