quarta-feira, 10 de outubro de 2012

PRA ONDE VÃO OS VOTOS DO JOSEMAR?

Neguim arretado

Primeiro, leitor, quero deixar o registro e os parabéns aos trepidantes militantes do PSOL gonçalense. E claro, em especial, ao Professor Josemar Carvalho, um querido colega e amigo. Conquistar os 19,5 mil votos com uma estrutura pequena de campanha numa cidade enorme como São Gonçalo é uma hercúlea tarefa.

Feito, aqui, o devido cafuné na rapaziada, vamos ao que interessa.

Pra onde vai esse capital (ops!) de quase 20 mil almas obtido por socialistas e comunistas no último dia 7 de outubro? Qual candidatura mais sentirá na face o sopro da primavera psolista, cantada em prosa e verso a partir do Rio de Janeiro com o gonçalense Marcelo Freixo?

Este escriba arrisca alguns palpites. Todos sabemos que o PSOL é uma dissidência do PT surgido após as tensões internas por obra e graça do (bendito ou famigerado, aí é ao gosto do freguês) escândalo do mensalão. Tanto Freixo quanto Josemar têm suas origens no Partido dos Trabalhadores. Ambos são fortemente guiados por suas convicções ideológicas e práticas políticas da esquerda socialista. Portanto, arrisco-me a dizer que é impossível o Professor Josemar apoiar o candidato de centro-direita Neilton Mulim, que tem o tonitroante Pastor Malafaia como aliado, cabo eleitoral e guia espiritual.

E, embora a candidatura Konder esteja num campo ideológico mais à esquerda, também não acredito que Josemar se decidirá em marchar com o PDT (que tem o PT como vice) no segundo turno. Por uma necessidade tática para obter votos, o PSOL foi o que mais bateu na gestão Aparecida e, consequentemente, em Adolfo Konder. Desta feita, creio que Josemar irá se abster no 2º turno. Mas, e os seus eleitores?

Divido os eleitores do PSOL nessas eleições em três categorias, em sua grande maioria jovens: os ideológicos, os ideológicos-inconformados e os pura e simplesmente inconformados. Os primeiros têm uma visão política mais ampla porque mais participativa, são informados e tendem a votar no campo da esquerda para isolar a direita na cidade. Os segundos são ativistas partidários que, por conta da visibilidade social e política na campanha, tendem a ter postura mais radical e pregar - não necessariamente votar - no voto nulo. Os terceiros desde o início serviram de linhas auxiliares das campanhas Graça e Mulim de ataque a Konder, utilizando-se e reforçando a linha de ataque promovida pelo PSOL ao governo e à candidatura de sua continuidade. Sempre foram, no fundo, mais anti-Konder do que qualquer outra coisa.

Na minha visão os votos ficarão divididos entre Konder, nulos e Mulim, com uma sensível vantagem para Konder.

Atualizando: veja nota do Professor Josemar que saiu no dia seguinte a esse post aqui.

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