sexta-feira, 30 de setembro de 2011

MARLOS: SE INSISTIREM COM O PALMARES, NÃO DISPUTO REELEIÇÃO

Querido leitor que me acompanha. O festejado vereador Marlos Costa, dono da impressionante marca de 80 projetos de Lei apresentados, dezenas aprovados e outros que já são lei na cidade, partiu para o enfrentamento com o grupo que sustenta a candidatura Palmares dentro do PT.

O ilustre edil das terras de São Pedro de Alcântara mandou, hoje (30/9), um recado contundente para o Oscar Bessa, expoente do oba-oba Palmares: "Se o partido insistir com o Palmares, eu não disputo a reeleição no ano que vem. É um desrespeito com a cidade, com os gonçalenses, comigo e com o Miguel (Moraes, também vereador pelo PT) que trabalhamos todos os dias pelo enobrecimento desse partido e pela melhoria da qualidade de vida dessa cidade", disse um Marlos já quase irritado, mas que fez questão de frisar que não sai do PT de jeito nenhum.

Os vereadores Marlos e Miguel Moraes fizeram um pacto de auto-preservação dentro do Partido dos Trabalhadores que está praticamente sob intervenção branca do diretório carioca.

Também hoje, saiu em alguns jornais e blogs locais que já estaria certa a composição de chapa Konder/Miguel. "Não tem absolutamente nada decidido. Por enquanto a resolução do PT é pela candidatura própria. Eu não posso passar por cima do partido", disse Miguel, que, junto ao seu colega Marlos, deu expediente na Câmara nesta sexta-feira.

Tanto Marlos quanto Miguel acreditam que a única forma de um fortalecimento verdadeiro do partido em São Gonçalo passa pela valorização e protagonismo dos próprios quadros da cidade.

Vice, eu? Eu quero ser prefeito...


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terça-feira, 27 de setembro de 2011

ACIOLI: CRIME DE PATENTE

Perplexo leitor, saiu notícia hoje em vários veículos de comunicação da grande imprensa que nos deixa estarrecidos. Leia AQUI e AQUI.

Segundo investigação da polícia carioca, o mandante do crime mais inacreditável cometido contra a sociedade fluminense foi o tenente-coronel Claudio Luis de Oliveira, nada mais, nada menos que o ex-comandante do 7º Batalhão que abriga os valentes combatentes fardados nessa freguesia de São Gonçalo do Amarante.

Claudio Oliveira foi exonerado do comando do Batalhão da Maré e está preso no Batalhão de Choque onde aguardará os desdobramentos do processo que deve [ou não] ser aberto pela Justiça.

Dias atrás, o sr. coronel Mario Sergio Duarte correu frente às câmeras para isentar de culpa coletiva a instituição comandada pelo tenente-coronel Oliveira. Tudo não passava de um plano diabólico orquestrado apenas e isoladamente por três meliantes da gloriosa Polícia Militar.

Na minha época de Plinio Leite, tinha lá uma professora de português muito, mas muito chata, que dizia pra mim o seguinte: "Se você ler apenas o óbvio, serás sempre um analfabeto".

Deixo vocês com uma observação do coronel Milton Corrêa da Costa



A gravíssima acusação contra um oficial PM comandante


por Milton Corrêa da Costa


Em princípio a Constituição Brasileira consagra, dentro do estado democrático de direito, o postulado jurídico da presunção da inocência concedendo, a qualquer cidadão, independente de raça, cor, credo, cargo, status social e grau cultural o direito à ampla defesa e ao contraditório. Todos são inocentes até decisão condenatória definitiva. Isso é sabido.

No entanto, causa espécie e choca  a sociedade fluminense, a recente decretação de prisão do ex-comandante do 7o Batalhão de Polícia Militar, unidade localizada na Região Metropolitana do Rio, no município de São Gonçalo.O Tenente Coronel Claudio Luis de Oliveira, exercendo atualmente o comando do 22o BPM, junto à Favela da Maré, uma das mais conflagradas áreas da guerra do tráfico, que foi apontado, por um dos três executores já presos (um cabo PM), em troca da delação premiada, como mandante do assassinato da Juíza Patrícia Acioli. Inacreditável.

Difícil  e até mesmo constrangedor acreditar- as apurações irão confirmar ou não a gravíssima acusação- que quem tem a missão de comandar, servir, proteger, liderar e dar o exemplo, possa ter se associado e acumpliciado a subordinados hierárquicos para ordenar a prática de crime tão bárbaro e covarde (21 tiros à curta distância), que chocou a sociedade e colocou sob grave ameaça o Poder Judicário, o mais representativo entre os três poderes de um estado democrático.

Ressalte-se aqui o trabalho investigativo, de alta qualidade e  eficácia, efetuado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro na elucidação do crime. Nada ficamos a dever,  em termos de inteligência e investigação, às melhores polícias do mundo, apesar da flagrante carência de estrutura e equipamentos de polícia científica em muitos estados da federação. Registre-se, também, por dever de justiça, que o oficial superior ora acusado possui, em sua folha de serviços, na área operacional, relevantes missões de combate ao banditismo e à criminalidade atípica do Rio.

No entanto, tudo isso será apagado se a gravíssima acusação for confirmada em juízo. Terá então esquecido o juramento perante a Bandeira Nacional -como tantos outros policiais- de servir e proteger a sociedade e não aviltá-la, quanto mais quem tem a nobre missão de comando. O covarde assassinato da juíza Patrícia Acioli tem que servir inclusive como divisor de águas no processo de depuração dos quadros da polícia, não só no Rio, mas em todo o páis.Não dá mais para conviver com quem veste farda e se associa ao crime, como no caso recente de corrupção e associação ao tráfico por integrantes de uma Unidade de Polícia Pacificadora no Rio (UPP), um projeto de policiamento de proximidade tão promissor e essencial à sociedade, que não pode ser ser contaminado.

O fortalecimento e melhor estruturação das corregedorias de polícia é medida por demais urgente e necessária. O perigo da contaminação policial pelo crime e pela fraqueza moral preocupa cada dia mais a toda sociedade, a destinatária dos serviços policiais. Precisamos de uma polícia cidadã, democrática e sobretudo confiável. Não há mais como fugir de tal premissa. É hora e vez da faxina policial.

Leia também: MAR DE LAMA EM BATALHÃO DE SÃO GONÇALO

Atualizado em 29/09




segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O RODRIGO SANTOS ENTENDE PORQUE NÃO PEGO NINGUÉM DO ROCHA...

Leitor, leitor... Esse Bardo num é mole, não.

O Rodrigo Santos fez uma peça de paródia que merece esse post.

A inspiração foi esse texto AQUI.A paródia em questão está no comentário.

Segue.

Ele, Rodrigo Santos:


Pensei logo em uma paródia de "Óculos", dos Paralamas...

"As meninas do Colubandê não dão pra mim
(moro em Ne-ves!)

E volta e meia não consigo ir pro Arsenal
(moro em Ne-ves!)

Se faço Letras na Uerj está tudo bem

Mas fora da rota do ABC
eu não como ningue-ém...

Por que você não olha pra mim?
Será que é por que moro mal?
Por que o Rocha é longe pra mim?
Imagina então Largo da Ideia ou Arsena-al...

Por que não tem buzum para mim?
Metrô só existe na eleição...
Por que em São Gonçalo é assim?
A linha do ônibus é que pauta o coraçã-ão..."

HAHAHAHHAHA!


domingo, 25 de setembro de 2011

EGOÍSMOS E ALTRUÍSMOS: AS LIÇÕES DO HUMANISMO CRISTÃO E O ENGAJAMENTO DOS INTELECTUAIS

Leitor, tu és a minha preciosidade. Estou revigorado neste domingo cinzento após ter a orgasmática experiência de ler o Mauro Santayana via Conversa Afiada (vou assinar o JB Online só por causa do Mauro).

Neste post está a seiva da vida e do seguir adiante num mundo em que a trapaça e o cinismo seguiram a mesma sofisticação da ciência moderna e contemporânea.

Depois de assistir o [quase] triunfo do pós-modernismo e sofrer com a desesperança e impotência frente ao mundo de mesquinharia que se desenhava para os meus filhos, mesmo assim, continuei firme nos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade tal como nos apresentaram os franceses naquela primavera do século XVIII, espírito materializado na Enciclopédia, obra revolucionária que deu à razão humana autonomia e uma outra - e definitiva - concepção de Justiça.

Bom, emocionado e, repito, revigorado, deixo vocês com o Santayana.

GUERNICA, PABLO PICASSO: Líbia, Palestina, Somália, periferias do Brasil...



Em busca da razão perdida (2)


por Mauro Santayana

As grandes revoluções humanas não surgem espontaneamente. Elas, de certa forma, existem como possibilidade desde o início da História, mas são contidas pelas forças reacionárias. As idéias que as suscitam permanecem latentes, na obra de um ou outro pensador, seja nos ensaios, no teatro, nas narrativas épicas ou na poesia. Em alguns momentos, ganham força, mediante a discussão e o debate, e triunfam, mesmo que, algumas vezes, de forma efêmera.

As idéias, sem embargo de sua energia própria, dependem da ação. Os intelectuais, dizia, sem muita justiça, um dos precursores do Iluminismo, Erasmo de Rotterdam, são naturalmente medrosos. Isso só é válido para uma minoria, e de menor dimensão. A regra tem sido outra. Foram numerosos os homens de pensamento que tombaram em pleno combate, nas prisões ou nas terríveis condições da clandestinidade. Sem ir longe no passado, o século 20 foi exemplar nessa necessidade da inteligência em se fazer ação, como ocorreu na  na memorável resistência contra os nazistas, os fascistas e os franquistas – e na luta pela autodeterminação dos povos contra o totalitarismo imperialista. A política é a práxis da razão, e, sem ela, o pensamento permanece encapsulado na teoria, ou, seja, na contemplação.

O grande motor do século 19, o do fulgor do Iluminismo, foi L’Enciclopédie, Dictionnaire Raisonné des Sciences, des Arts et des Métiers. Tratou-se de uma empresa, que nasceu com o interesse comercial de editores franceses – chefiados pelo maior deles, na época, Le Breton – empenhados na tradução da Cyclopaedia, dicionário universal inglês de Ephraim Chambers. Le Breton convidou D’Alembert e Diderot para a tarefa. Ambos entenderam que não bastava a tradução de um dicionário que, circulando desde 1728, já se encontrava perempto, e se limitava a uma erudição de natureza clássica, distanciada das inquietações práticas de 1747. Se o dicionário de Chambers tratava das artes e das ciências, Diderot acrescentou, para a sua enciclopédia,  os verbetes sobre os ofícios profissionais. Dedicou grande parte às ilustrações, que, sobretudo no caso dos ofícios, contribuíram para que a obra servisse como  manual de instruções.

Perseguida pela Igreja, uma vez que era essencialmente materialista, e incluída no Índex;   mal vista pela monarquia, por reivindicar as liberdades políticas, a Enciclopédia passou por inúmeras dificuldades e chegou a ser proibida. Diderot foi preso por algum tempo, D’Alembert desistiu de ser o co-editor, a partir do volume oitavo, e os últimos tomos foram impressos e distribuídos clandestinamente. O custo era altíssimo. Quando relembramos que a composição, tipo por tipo, era manual, e as chapas, armadas uma a uma, em operação demorada, podemos imaginar o dinheiro necessário apenas para o trabalho tipográfico. Mais de dois mil gráficos trabalharam durante os vinte e um anos de edição, transcorridos entre o primeiro e o último dos 28  volumes, 11 deles só de ilustrações.

A Enciclopédia foi empreendimento revolucionário, e disso Diderot tinha plena consciência. A publicação serviu para derrubar os pilares do poder feudal de uma nobreza ociosa e parasitária, que consumia a maior parte dos recursos obtidos com o trabalho dos franceses; serviu como fermento da Revolução Francesa e a derrocada da monarquia; combateu a Igreja, que, sócia privilegiada da opressão e monitora do pensamento, ameaçava os intelectuais com os dogmas e mantinha os néscios submissos, mediante a ameaça do inferno. Como as luzes vinham de várias fontes, Diderot escolheu para o subtítulo da obra a trilogia do inglês Francis Bacon,  que assim resumia as operações da mente: Memória, Razão e Imaginação.

Diderot foi mais do que seu diretor intelectual. Coube-lhe buscar os subscritores – o que representava para cada um deles a aplicação de uma pequena fortuna – entre os ricos mais esclarecidos, os pioneiros da indústria e do comércio e alguns banqueiros, como o mais eminente financista de Paris, Jacques Necker, que viria a ser a figura chave na Queda da Bastilha. Durante muito tempo, os enciclopedistas foram acolhidos no salão de Madame Necker, onde as novas idéias eram livremente debatidas.

O autor de “A Religiosa” agiu, ao mesmo tempo, como pensador, militante político e ativo empreendedor. Usando recursos que hoje encontramos na internet, como a remissão dos assuntos a outros verbetes, a inclusão das fontes de informação e referências bibliográficas, o que hoje chamamos de hiperlink. O texto incitava à ampliação crítica da informação, com o fantástico resultado que a História registra. E a empreitada fascinou todos os que a ela se associaram. O caso mais notável desse empenho foi o de Louis de Jacourt, um intelectual muito rico e de grande saber, que se formara em teologia, em Genebra, ciências naturais em Cambridge e medicina, em Leiden, na Holanda. Jacourt, sozinho, redigiu um quarto de todos os verbetes da Enciclopédia, sem cobrar um centavo pelo seu trabalho. Ao contrário, contratou vários assessores, que o ajudaram na exaustiva pesquisa daqueles tempos, e lhes pagou com seu próprio dinheiro.

Mesmo quando sua distribuição teve que ser clandestina, a Enciclopédia era discutida em todos os salões. Suas idéias estimularam o aparecimento de novos pensadores, que se somaras à elite da razão daquele tempo, formada por homens muitos deles nobres, como foram como Montesquieu, Grimm e Holbach. Eles se somaram a livres pensadores, como Voltaire, D’Alembert, Condorcet, Daubeton, Rousseau, Turgot e Quesnay, e a mulheres como Mme. D’Epinay, Sophie Volland, Mme Necker – e a notável proteção financeira a Diderot, de Catarina, a imperatriz da Rússia, para abrir o caminho do século seguinte.


Em busca da razão perdida (3)

O Iluminismo conduziu o mundo, durante o século 19 e a maior parte do século 20. A oposição que sofreu, no início dos oitocentos, com o Romantismo, foi débil, e só se manifestou de forma mais forte nas artes, sobretudo na literatura. Hegel e Marx, nas  idéias sociais, ou seja, políticas, são dois dos maiores frutos do século 18. Um se seguiu ao outro, e de seu pensamento surgiram os grandes movimentos revolucionários do século passado. Apesar disso, os resultados mais espetaculares das luzes parecem ter ocorrido na ciência e na tecnologia.

sábado, 24 de setembro de 2011

CINEMA: VOCÊ NÃO ESCOLHE, É ESCOLHIDO

Cinéfilo leitor. Posto agora um texto do grande amigo, escritor e professor Carlos Henrique (Caíca), publicado no Jornal Apologia em setembro de 2007.

Já que estamos às vésperas de ganhar novas salas de cinema na cidade no Shopping Boulevard, cabe aqui esta reflexão do amigo.

A arte de (des) servir


por Carlos Henrique

Hoje não acordei no meio de um sonho, por isso apenas pela manhã sentei e fiquei pensando, pensando... em como escrever um texto para o caderno de cultura de um jornal da cidade de São Gonçalo, mais precisamente um que fale de cinema. Porra, como falar de cinema numa cidade de mais de um milhão de habitantes que praticamente não possuí cinemas?

Interessante indagação, não acham? E é por ser assim tão interessante
que essa mesma questão deveria estar sendo discutida, de nada adianta escrever isso aqui e depois ninguém mais pensar sobre o caso. Por conta disso vamos refletir, olhar no espelho da consciência e deixar que se re-flita sobre os problemas culturais que assolam nossa pobre, suja e carente cidade. Pensei, assim que acordei, em sentar e produzir algo que falasse sobre o último bom filme que assisti (O Cheiro do Ralo, Brasil 2007, Heitor Dhalia), mas esse é um filme que tive que me deslocar até Niterói para assistir, dessa forma estaria sendo até malvado ao indicar às pessoas uma película com acesso mais restrito.

O que fazer então, digamme?! Levanto e preparo um café, retorno ao computador e com uma puta dor de dúvida decido por não falar sobre filmes, mas sim sobre a dificuldade que encontramos para assistir filmes em nossa terra sem palmeiras onde não cantam sabiás. Sabem aquela caixa grande e feia que fica às margens de nossa Praia das Pedrihas? É lá o único lugar em que podemos ir se quisermos ver um filme. Mas, quais os longas que se exibem nessa caixa de sonhos que apenas ilude os pobres (e bota pobres nisso!) dos consumidores gonçalenses? Outra boa pergunta, não acham?

Se um problema é ter acesso às películas, outro, também tão crítico, é a quais películas podemos ter acesso. No fantástico mundo do mercado capitalista escolher é um verbo que não se conjuga. Não escolhemos mais, tiraram esse direito de nós, somos escolhidos, é a mercadoria quem compra seu consumidor, o fetiche virou contra o feticheiro (pobre do Marx...). A relação de oferta e procura acabou, escorreu pelo ralo (que fede a bosta e lucro!). E agora José, Fabiano, Sinhá Vitória, Bentinho, Capitu, Iracema, pobres de nós personagens desse teatro do absurdo que é o mundo do lucro? Que atire a primeira pedra aquele que nunca quis ver um filme que a caixa de falsos sonhos não oferecia em suas salas! Vai lá, pode atirar!
Você jamais verá esse diálogo do Heitor Dhalia nas telonas da Freguesia

O café esfriou, acendo um cigarro e fico olhando a fina fumaça azul que sobe, sobe, sobe fazendo danças no ar, no vazio, no espaço sem significados e significações do tempo, tentando (pobre de mim!) encontrar argumentos, respostas, perguntas que possam fazer com que você (é, você mesmo que me lê!) sinta agora a mesma indignação que eu, a mesma dor, o mesmo desamparo frente aos descaminhos que se abrem a nossa frente. Aí me pergunto pra que serve essa porra de cinema? Por que tenho que assistir filmes que querem que eu assista e não aqueles que quero? Cinema é arte? Beleza, então me diga pra que serve a arte se tenho fome, se não tenho trabalho, se não tenho hospitais, nem escolas, ruas asfaltadas etc?Pra nada.

A arte não serve pra nada, por isso mesmo ela é útil, necessária pra alimentar nossa fome de indagações, pra preencher nosso tempo ocioso (pelo direito ao ócio e à preguiça!!!), pra curar as dores que afligem nosso eu (é, esse eu aí que é você, que pensa e sente como qualquer um), pra educar nossa sensibilidade (e isso não é papo de veado, ser sensível é ser humano), pra construir os caminhos do nosso pensar/refletir (quanto mais sei menos me enganam, pense nisso quando for votar). Enfim, é por seu des-servir que a arte  mais nos serve, afinal, pra que serve viver?

PARA ONDE VAI SÃO GONÇALO?

Meu sofrido leitor, como dizia o imperador Julio Cesar às margens do Rio Rubicão, alea jacta est, ou, em bom português: a sorte está lançada.

Começamos a rodada de análises sobre o processo político e eleitoral da cidade.



Temos um quadro político em São Gonçalo já quase definido. Nele, despontam três grandes forças que já se acomodaram em seus respectivos raios de atuação: O grupo liderado pela prefeita Aparecida Panisset (PDT), pelo casal Ezequiel e Graça Matos (PMDB do P, Picciani) e pelo deputado federal Neilton Mulin (PR).

Essas três forças disputam o apoio do PT em São Gonçalo, o fiel da balança das eleições em 2012.

Mas, antes de mais nada, vamos ler um email que chegou até este humilde escriba de uma grande liderança do diretório do Partido dos Trabalhadores que obviamente não revelarei o nome:


"A situação está atingindo níveis preocupantes. O clima é beligerante, de guerra. 
A reunião extraordinária do diretório municipal ontem (21/09) foi um campo de batalha. 
E continuará sendo assim, necessário para combater a postura autoritária, déspota, antidemocrática do presidente municipal.  
Só para ter uma idéia do aconteceu, a chapa do presidente encaminhou a substituição do Domício, vice-presidente do diretório, eleito há dois meses atrás. E também da companheira Simone.  
Óbvio que isso gerou reação, levando outra chapa a também pedir a substituição de quatro membros.  
E o presidente ainda se achava no direito de aceitar os documentos que quisesse, ou seja, aqueles que lhe interessavam. E também aos dois vereadores. Uma aliança interessantíssima, no melhor estilo frankenstein.  
Depois de 3 horas, das 20 às 23 horas, a reunião foi suspensa, sem nenhuma alteração.  
A tentativa de aprovar a aliança com o candidato do governo municipal não avançou, apesar de todos os artifícios utilizados.  
Continuamos com a resolução de candidatura própria.  
Mas eles (grifo meu) não desistirão.  
A única conclusão da reunião de ontem é: a guerra continua. Mas se vocês pensam que isto é tudo, não.  
A grande revelação da noite foi a concepção do presidente sobre a juventude. Que ela precisa levar muita porrada para "aprender". Além de tentar ofender o companheiro Carlos Furtado, secretário de juventude eleito no congresso municipal, chamando-o de "sujeito".  
O que o presidente não consegue entender, que é melhor ser sujeito do que objeto.  
Até o dia 09 de outubro, sem perder o foco, porque 'no balanço das horas tudo pode mudar'."
Aparecida sabe que tem uma maioria ilusória na Câmara. Pelo menos três dos vereadores de seu próprio partido fazem oposição surda ao seu governo. Dentre estes, o vereador Dilson Drummond, que se ressente de ter sido preterido como candidato à sucessão de Aparecida. Recentemente, Drummond posou ao lado da frente política do PMDB tendo como companheiros mais dois personagens importantes: Eduardo Gordo, presidente da Câmara, e o deputado José Luis Nanci, que não descarta migrar para um partido da base governista ou mesmo para o PMDB caso seja o escolhido como cabeça de chapa da frente recém-formada na residência dos Matos.

Na Câmara, na verdade, existem duas grandes correntes: os eduardianos e os panissetianos. Na edição de O São Gonçalo de hoje, o texto deixa claro esta realidade. Alguns vereadores e suplentes estão migrando para o PMDB para desespero dos panissetianos que não querem um embate direto com o seu presidente, Eduardo Gordo, que avança nesse vácuo político deixado pela falta de assertiva dos governistas em definir claramente o sucessor de Aparecida. O sinal amarelo acendeu.

Com essas costuras políticas na Câmara, tudo indica que Aparecida sofrerá oposição violenta a partir de outubro.

E o PT? Bom, voltemos à missiva preocupada de nosso ilustre desconhecido petista. Segundo ele, o clima dentro do partido é de guerra. Atualmente a aliança do partido com o governo Panisset subiu ao telhado. Há duas semanas, numa reunião turbulenta, o diretório se decidiu por ter um representante próprio na disputa à prefeitura em 2012. Dentre os postulantes e pré-candidatos, dois vereadores do partido e o deputado carioca Gilberto Palmares, abençoado pelo senador Lindberg Farias e pelo diretório regional, que sacudiu as estruturas do partido local.

A entrada de Palmares no jogo representa uma "intervenção branca" do diretório carioca no diretório gonçalense e põe na mesa de negociação política local o grupo pró-Lindberg, que sonha eleger-se governador em 2014. As conversas tomam uma dimensão que transcende as fronteiras da cidade. Com isso, Lindberg subtrai do presidente do PT de São Gonçalo o protagonismo nas conversas e decisões junto ao PDT nas três esferas nacional, estadual e municipal. O partido rachou. Está profundamente dividido e aparentemente acéfalo.

O presidente do PT em São Gonçalo, Wanderlei Dias, em resposta à reunião no diretório liderada pelo senador Lindberg - em pessoa - em apoio a Palmares, reunião na qual, diga-se, que sequer foi convidado, reagiu e convocou os petistas num encontro extraordinário que tinha como pauta única derrubar a resolução pela candidatura própria e uma aliança imediata com o PDT. E, como lido acima, podemos deduzir que a chapa esquentou de vez mesmo.

Os vereadores Marlos e Miguel Moraes, antes em lados opostos, foram obrigados a fazer um pacto, embora temporário, de união no diretório. O primeiro, numa atitude intempestiva, talvez tomado pelo sentimento de frustração em ver seus esforços pela indicação à candidatura pelo partido irem por água abaixo, anunciou sua desistência no pleito. Porém, voltou atrás ao prever o desgaste que sua decisão provocaria com sua base eleitoral, formada principalmente pelos católicos - que vêem no jovem vereador uma chance concreta de retomada de hegemonia moral e religiosa na cidade - e pelos formadores de opinião da novíssima classe média gonçalense.

Já o vereador Miguel Moraes deixou de lado os ressentimentos cultivados pelo jovem companheiro de partido e formou com ele uma aliança política que tem, entre outras razões, a manutenção dos acordos políticos com a prefeita Aparecida Panisset em defesa de uma coalizão partidária forte capaz de encarar as frentes lideradas pelo PMDB do P e pelo PR. Após a decisão do partido pela candidatura própria à sombra do deputado Palmares, Miguel foi enfático: “Este resultado na minha opinião não deveria acontecer neste momento. Ainda há um processo de discussão se o PT deve fazer aliança com outros partidos na cidade. Estamos nos isolando” (O São Gonçalo, 12/9). Um dia depois, 25 petistas foram exonerados das secretarias do PT dentro do governo Aparecida.

A conjuntura política não favorece mesmo os dois vereadores petistas. Sérgio Cabral, que tem especial simpatia pelo vereador Marlos, não mexerá uma palha a seu favor. É que São Gonçalo foi "dada" como prêmio de consolação ao candidato ao Senado derrotado Jorge Picciani, que pediu ao governador que não se intrometesse em suas articulações na cidade ao lado dos Matos. Por outro lado, tem o próprio Lindberg, que busca hegemonia partidária no leste fluminense e não vê nem em Marlos e nem em Miguel interlocutores de confiança dentro do partido por serem muito próximos a Cabral.

Sendo assim, São Gonçalo virou uma espécie de zona neutra na política fluminense. E os grandes personagens destas eleições serão Eduardo Gordo (Picciani), a própria Aparecida e Garotinho, que merecerá uma análise posterior.

Muita água vai rolar por debaixo da ponte...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CUIDADO COM O QUE VOCÊ FAZ...


NÃO PEGO NINGUÉM DO ROCHA


Extasiado leitor. Depois de um dia de intensos festejos e júbilo por morarmos nesta Freguesia, apresento a vocês uma modesta reflexão sobre São Gonçalo.

Esta peça reflexiva que deve ter deixado em polvorosa a administração citadina foi publicada no jornal O Guarda de 22 de setembro.

Boa Leitura.

Não namoro ninguém do Rocha

O trepidante ônibus da Linha 10 Circular. 


Os problemas de São Gonçalo carregam em seu código genético as próprias soluções. Pode soar piegas ou até mesmo demagógico tal afirmação, meu caro leitor, mas acredito que no decorrer deste texto sairás convencido de que sou apenas mais um dentre tantos que cerram fileiras para o bem desta que é a nossa terra.

Pra começar, digo meio de supetão, se me permite, que a freguesia de São Gonçalo do Amarante carece de integração espacial.  Não somos uma cidade integrada no sentido clássico que tem no ponto zero, o centro, a sua principal referência cultural e econômica. Ao Sul corremos a Niterói e ao Norte batemos perna rumo a Alcântara.

Como sou abusado, pego agora uma coisa cara ao catolicismo para fazer-me entender: historicamente essa cidade do santo boêmio sempre foi para nós o purgatório, o transitório. “Oxalá ficar rico e dar no pé!”  Eis o projeto de vida do gonçalense. Negligência daqui, desleixo de lá, nos transformamos numa quase impossibilidade. Quase...

São Gonçalo é tão viável que sobrevive até à indiferença dos seus. Precisamos integrá-la e abandonar a concepção viária-espacial que sempre privilegiou Niterói. Não precisamos de Niterói. Eles que sempre precisaram da gente e não têm a menor gratidão por isso.

Pôxa, eu que sou do Porto Velho, descobri que tem uma porção de gatinhas ali no Rocha, Colubandê, Coelho... A possibilidade de eu casar com uma delas é ínfima. Também sei que tem uma penca de lojas de atacado que me dá uma economia dos diabos em artigos de escritório e papelaria. Hospital Geral? Esqueça! Melhor ir para o Souza Aguiar no Rio.

O capital não sobrevive à desintegração. É muito mais fácil, rápido e confortável eu gastar o meu dindim no Bay Market ou Plaza que no Shopping São Gonçalo que está a 3 Km de minha casa pela BR 101.

Um grande amigo, professor e geógrafo Mauricio Mendes vivia a me alertar: “Seguimos os nossos acidentes geográficos. Somos passagem, não hospedagem”. Claro, concordo. Mas se não fosse uma decisão política e econômica de integração Copacabana até hoje seria uma praia selvagem.

Por conta dos tais acidentes, que na verdade são os “maciços” longitudinais que cortam nossas terras nos sentidos norte-sul formando extensos corredores, a cidade é fragmentada. E isso gerou um bocado de desdobramentos nas áreas social, política, cultural e econômica.

Essa desintegração espacial e o pouco caso da administração pública, por exemplo, quase nos subtraem as regiões de Ipiíba e Monjolos (Alcântara) do nosso convívio nos anos de 1990. Mas sabiamente a população disse não à emancipação dos distritos que formariam um novo município. Depois de perder Itaipú no início do século XX para Niterói, não sei se o santo protetor dos músicos iria aguentar...

Esse capitalismo roda-presa em São Gonçalo mantém certas coisas inacreditáveis. Não entendo o domínio que beira o senhorio da empresa Galo Branco naquela região do Rocha e do Galo Branco. O empresário da construção civil olha aquela área (sub-habitada) e se pergunta: Eu vou vender apartamento num lugar onde não tem transporte com facilidade? O mais 171 dos corretores não consegue vender.

Respeito, é claro, a função honrosa do proprietário da empresa citada em ser um empreendedor numa área tão complicada que é o transporte público. Como empresário vencedor em seu ramo, ele deve entender e apoiar o que falo. Porém, deve concordar se houver planejamento, critério, visão de futuro do poder público para ousar usando-se, no nosso caso, da criatividade e principalmente responsabilidade e boa vontade.

A prefeita está de parabéns por tudo de bom que tem feito. A feiura de São Gonça que tanto trazia-me desesperança deu lugar a mais bela de todas as coisas: a beleza do movimento, do fazer para o que é feio se tornar belo.

Mas queremos e precisamos ir além. De um projeto de cidade que rime desenvolvimento com oportunidades para todos. São Gonçalo é uma das poucas cidades do Brasil que se fez do povo.  Não lembro o último “doutor” (Charles não conta) prefeito  desta cidade. É por isso que quando me perguntam como é Sâo Gonçalo eu respondo que é o que há de melhor do povo brasileiro.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

MARLOS: A VERDADE ESTA LÁ FORA

Bem amigos desta brava trincheira do conhecimento. Estou de volta após editar o glorioso jornal O Guarda da não menos gloriosa Guarda Municipal da Freguesia de São Gonçalo do Amarante.

Em verdade vos digo, leitor: o vereador Marlos está a pleno vapor em sua campanha pela reeleição. E o seu melhor mote de conquista eleitoral é a pré-candidatura a prefeito.

Como bom auditor do Tribunal de Contas que é, o ilustre edil fez as contas e reconsiderou sua estratégia de ação passiva frente aos acontecimentos que culminaram numa esquisita candidatura Palmares pelo PT gonçalense.

"A verdade está lá fora", como diria o locutor de Arquivo X.

No mais, esperemos os desdobramentos desta história que está ainda em suas primeiras linhas.


Os agentes Mulder e Scully acompanham
de perto a política gonçalense
 

domingo, 11 de setembro de 2011

VIDEO DO DIA

Minha atual e eterna musa: PJ Harvey.

OS AMERICANOS ADORAM O 11 DE SETEMBRO

Posto agora um texto que fala do já cabalístico 11 de setembro. Hoje seremos bombardeados por milhares de "reportagens" sobre o "dia mais triste da história".

Amigo leitor, tem gente que acha que o homem não foi a lua. Eu me acho no direito de acreditar que foram os lunáticos da direita americana que inventaram os tais ataques às Torres Gêmeas em Nova Yorque.

Louco, eu? Isso tem lastro na história meu caro. É só pegar o exemplo do couraçado Maine afundado pelos próprios americanos em 1898 para criarem um pretexto de guerra contra a Espanha que tinha Cuba como colônia.

Bom, cada um com o seu 11 de setembro. O meu é esse aí escrito pelo grande Marco Aurélio Weissheimer, na Carta Maior

A matemática macabra do 11 de setembro

A resposta dos EUA ao ataque contra o World Trade Center engendrou duas novas guerras e uma contabilidade macabra. Para vingar as mais de 2.900 vítimas do ataque, algumas centenas de milhares de pessoas foram mortas. Para cada vítima do 11 de setembro, algumas dezenas (na estatística mais conservadora) ou centenas de pessoas perderam suas vidas. Mas essa história não se resume a mortes. A invasão do Iraque rendeu bilhões de dólares a empresas norte-americanas. Essa matemática macabra aparece também no 11 de setembro de 1973. O golpe de Pinochet provocou 40 mil vítimas e gordos lucros para os amigos do ditador e para ele próprio: US$ 27 milhões, só em contas secretas.

À esquerda, Salvador Allende observa os aviões terroristas. À direita, o Palácio La Moneda bombardeado por fanáticos fundamentalistas cristãos norte-americanos em nome da propriedade, família e liberdade


O mundo se tornou um lugar mais seguro, dez anos depois dos atentados de 11 de setembro e da “guerra ao terror” promovida pelos Estados Unidos para se vingar do ataque? A resposta de Washington ao ataque contra o World Trade Center e o Pentágono engendrou duas novas guerras – no Iraque e no Afeganistão – e uma contabilidade macabra. Para vingar as mais de 2.900 vítimas do ataque, mais de 900 mil pessoas já teriam perdido suas vidas até hoje.

Os números são do site Unknown News, que fornece uma estatística detalhada do número de mortos nas guerras nos dois países, distinguindo vítimas civis de militares. A organização Iraq Body Count, que usa uma metodologia diferente, tem uma estatística mais conservadora em relação ao Iraque: 111.937 civis mortos somente no Iraque.

Seja como for, a matemática da vingança é assustadora: para cada vítima do 11 de setembro, algumas dezenas (na estatística mais conservadora) ou centenas de pessoas perderam suas vidas. Em qualquer um dos casos, a reação aos atentados supera de longe a prática adotada pelo exército nazista nos territórios ocupados durante a Segunda Guerra Mundial: executar dez civis para cada soldado alemão morto.

Na madrugada do dia 2 de maio, quando anunciou oficialmente que Osama Bin Laden tinha sido morto, no Paquistão, por um comando especial dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama afirmou que a justiça tinha sido feita. O conceito de justiça aplicado aqui torna a Lei do Talião um instrumento conservadora. As palavras do presidente Obama foram as seguintes:

“Foi feita justiça. Nesta noite, tenho condições de dizer aos americanos e ao mundo que os Estados Unidos conduziram uma operação que matou Osama Bin Laden, o líder da Al Qaeda e terrorista responsável pelo assassinato de milhares de homens, mulheres e crianças.”

sábado, 10 de setembro de 2011

EU E MARLOS

Soube de uma notícia na quinta que me deixou, atento leitor, deveras triste. O vereador Marlos Costa, do Partido dos Trabalhadores, jogou a toalha e desistiu de sua pré-candidatura à vaga que a professora Maria Aparecida deixará em aberto no ano do Nosso Senhor de Dois Mil e Treze.

As articulações palacianas para barrar uma candidatura dos caboquim de São Gonçalo foram poderosas, e visam, principalmente, a peleja eleitoral em 2014 ao governo do estado, a disputa ao Senado Federal e o controle político das terras do Visconde.

E os principais comandantes desta verdadeira estratégia de guerra são o senador Lindberg Farias e a prefeita Aparecida Panisset. Lindberg disputará o governo do estado e Aparecida o Senado. Para tanto, é fundamental que a dupla garanta o controle político do leste fluminense e da baixada como contraponto ao domínio do PMDB na capital e de Garotinho no interior.

Usando-se da velha máxima "dividir para conquistar" inventa-se uma candidatura fantoche à prefeitura de São Gonçalo que não tem a menor simpatia da militância petista na cidade. Tudo leva a crer que o diretório municipal do partido, diante desta imposição do diretório regional, caia nos braços de Aparecida e do seu pupilo Adolpho Konder numa coligação. Essa é, inclusive, a diretiva do secretário Luis Paiva, uma espécie de Golbery do Governo Aparecida.

E o Marlos nessa história toda? 

Bom, eu fico particularmente chateado. Trabalhei com o Marlos pouco mais de um ano tendo como principal orientação sua candidatura à prefeitura. O que nos levava adiante era a convicção de que a nossa geração está pronta para alçar a cidade a uma posição relevante para o estado e o Brasil. Com criatividade e conhecimento de causa.

Essa movimentação para barrar o Marlos o transforma em vencedor, não em derrotado. Jamais capitulou diante dos desafios, com estudo e dedicação. Avante companheiro!