Sete candidatos disputam esta trepidante corrida rumo ao nº 100 da Feliciano Sodré. Façam suas apostas |
Sete de Outubro é logo ali e todos os candidatos a prefeito procuram se acomodar nas dependências da prefeitura à Rua Feliciano Sodré, 100, como governantes desta cidade que é grande em população, mas ainda nanica no que se refere ao índice de desenvolvimento humano (IDH) do estado, embora, frise-se, venha melhorando nos últimos anos em indicadores importantes, como educação, saneamento e emprego.
Em 2012 sete candidatos concorrem à prefeitura, desde 2005 ocupada por Aparecida Panisset, que se esforça em deixar o seu legado ao ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, Adolfo Konder (PDT).
Contra Konder, disputam o deputado federal Neilton Mulim (PR), a ex-secretária de Cultura, Alice Tamborindeguy (PP), o Professor Josemar (PSOL), Mauro Sérgio (PHS), Dayse Oliveira (PSTU) e Graça Matos (PMDB), que concorrerá pela 3ª e, talvez, última vez, buscando superar o trauma de duas derrotas consecutivas para a atual prefeita.
Dentre os concorrentes, apenas três têm chances reais de vitória (Konder, Mulim e Graça), uma corre por fora (Alice) e os outros três (Josemar, Dayse e Mauro Sérgio) tentam marcar posição no pleito para fortalecer seus respectivos partidos.
Pesa a favor de Konder, ter estado no atual - e bem avaliado - governo desde 2005 sendo homem de confiança de Aparecida, que não poupará esforços em vê-lo como mandatário da cidade em 2013, transferindo o seu prestígio junto aos eleitores que deram a ela duas vitórias em 1º turno nos anos de 2004 e 2008. Contra o candidato, por sua vez, pesa-no a pecha de “forasteiro”, o que é uma espécie de revival municipalista encarado por ele no início do primeiro governo em 2005 e superado com habilidade pela prefeita.
A tarefa da oposição é dura, e deposita em duas candidaturas a chance de conquistar os eleitores e melar o projeto do PDT de continuar à frente do governo: Mulim e Graça Matos.
O primeiro costurou uma aliança de centro-direita com o PSDB, DEM e PTB (além de PRTB) que lhe garantiu quase 1/3 de tempo de televisão, o suficiente para se tornar conhecido pela população até o dia 7 de outubro. O ex-governador Anthony Garotinho é o padrinho da candidatura Mulim.
Do outro lado, Graça, além do PMDB, reuniu PSB, PPS, PV e outras legendas nanicas, que não deram o maior tempo de televisão à sua campanha, mas coesão partidária ao projeto de candidatura bancado principalmente pelo ex-deputado Jorge Picciani e afiançado pelo governador Sérgio Cabral.
Curiosamente, o pleito local já mira 2014 e põe como fiel da balança a prefeita (boa de voto) Aparecida Panisset. E quem largou na frente pelos chamegos da prefeita foi o senador (também bom de voto) Lindberg Farias (PT), pré-candidato a governador. O seu partido cedeu o vice-prefeito (Miguel Moraes) e forma a chapa junto ao PDT de Adolfo Konder. Tanto Garotinho como Cabral não podem bater para machucar. Quem decidirá a eleição será novamente ela: Maria Aparecida Panisset.
HABILIDADE GRADINENSE
A prefeita Aparecida Panisset (foto) conseguiu um feito grandioso em seu governo: estabilidade política para governar.
Acusada em 2005 pelos “municipalistas” de entregar a “forasteiros” o governo, a prefeita segurou o tranco e com habilidade atraiu a oposição para a sua base através de concessões políticas afiançadas tanto pelo governo federal como pelo governo do estado.
A sua vitória consagradora em 2008 consolidou a sua importância política e eleitoral em todo o estado tendo como base de sustentação os evangélicos que, de estigmatizados, tiveram grande influência em seu governo, e, por conta disso, devem a ela grande lealdade, fazendo com que disponibilizem o seu associativismo comunitário e político à candidatura de Adolfo Konder.
Oriunda do Gradim, assim como Joaquim Lavoura, Aparecida soube captar o espírito do tempo para fazer a sua carreira política construindo uma base eleitoral que vem se mostrando imprescindível para a vitória de qualquer candidato em São Gonçalo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário