terça-feira, 28 de janeiro de 2014

COXINHAS, ÀS RUAS!



As pessoas me perguntam: haverá manifestações este ano? Sim, haverá, mas com caráter absolutamente diferente das que ocorreram em junho do ano passado. E por quê? Porque desta vez elas serão organizadas pelas (EXTREMA) direita e esquerda político-partidárias deste país, que congrega os de sempre, com a ajuda poderosa da imprensa golpista-corporativa e de organizações estrangeiras que desejam retomar o poder a qualquer custo. Os alvos cristalinos serão o PT, a Dilma, e ele – sempre ele – Luís Inácio Lula da Silva.

E o que essa rapaziada coxinha quer? Melhores serviços públicos, austeridade nos gastos com a Copa, mobilidade urbana? Nada disso mesmo. Essa rapaziada odeia serviço público, não o usa, o negócio é exclusividade. Exclusividade nas tetas do Estado: ‘mamo eu, só eu’, dizem os incautos que adoram um liberalismo no fiofó dos outros. Eles vão protestar na porta do Maracanã, com seus ingressos devidamente comprados, se não forem cortesias das multinacionais ou da própria Globo. Ônibus, metrô? Essa rapaziada não os usa também. Seus carros ficam em algum edifício-garagem superprotegidos dos “vândalos”.

Os coxinhas gostam da rua quando devidamente pautados pela revista Veja. Lá eles se veem, do jeitinho que gostam ser vistos: com aquela luz perfeita que só aquele fotógrafo sabe captar e o editor escolher. Tudo a serviço do Brasil, do Brasil de Higienópolis, Barra e, no máximo, Trancoso ou Porto Seguro. Embora eles queiram mesmo é Miami. Sofrem, porque o Tio Sam ainda não anexou o Brasil ao seu paraíso. Imagina, bugiganga boa não é da Saara e nem da 25 – e muito menos de Alcântara -, só de Miami. Por isso os coxinhas precisam derrubar esse governo de merda que igualou o IOF nas compras em Miami. Ora! se até o Barbosão comprou Ap em Miami... É a glória! Barbosão vai derrubar o IOF e ninguém vai dizer que legisla por conta própria.

Os coxinhas vão pra rua porque realmente acreditam que todos querem ser iguais a eles. Ha, ha; não conhecem o Brasil...

Texto publicado originalmente no Jornal O Guarda. DEZEMBRO DE 2013.

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