O PT é sensacional mesmo. E hoje escreve mais um capítulo dessa novela hamletiana-rocambolesca de ter ou não candidatura própria.
O maior e mais organizado partido da América latina é o único em que exige em suas fileiras cabras-macho ou severinas. As disputas internas entre suas tendências são verdadeiras aulas de política. Às vezes irrita, mas o saldo é positivo.
Recentemente escrevi em meu blog que a imposição da metrópole (diretório do Rio) em forçar goela-abaixo a candidatura do deputado Palmares aos caboquim da freguesia de São Gonçalo do Amarante seria um tiro de garrucha no pé. Dito e feito. A rebelião na colônia (diretório de SG) foi imediata e favoreceu uma união inusitada entre os nativos mais ilustres do PT gonçalense: os vereadores Marlos e Miguel Moraes que, juntos, articularam o grito de independência frente à monarquia da Casa dos Lindinhos.
Marlos não fugiu à luta e, às margens do Rio Imboaçú, bradou: Independência ou Pijama! chamando Palmares para o campo aberto da disputa. O diretório dessas bandas mudou a sua orientação a favor de Palmares para seguir junto com o PDT, como queria Marlos e Miguel.
Na ocasião, Marlos ameaçou não concorrer à reeleição caso o diretório municipal se submetesse às ordens da Capital da Província. “O PT deve ser construído pela vontade das bases locais e não pelo revanchismo mesquinho de uma minoria derrotada nos debates internos do partido”, encerra Marlos.
Independência ou Pijama |
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